A Verdadeira Vida em Deus

52 A Verdadeira Vida em Deus Mas, Senhor, posso reclamar de algumas coisas? sente-te à vontade Comigo, Vassula; Quero dizer-Vos o que está me incomodan- do; provavelmente tudo o que disser ou pensar estará errado, consequentemente, tudo o que fizer estará errado. É verdade que não tenho apoio concreto, com isso quero dizer que estou aqui, escrevendo as mensagens que recebo de Vós. Aparente- mente, outros já as receberam como eu. Essas revelações ou mensagens foram para pessoas que, em sua maioria, estavam em mosteiros ou conventos rodeadas por reli- giosos, sacerdotes, bispos, etc. Quando esse acontecimento sobrenatural ocorria, elas eram cuidadosamente observadas e seguidas de perto, sendo fácil entregar os escritos aos superiores, destes para o bispo e então para o papa. Todos aceitavam as mensagens como vindas de Vós. Posso estar equivocada, mas parecia mais fácil para eles aceitarem esses fatos com pessoas do seu meio , que conheciam bem, e assim publicar os textos ou par- te deles. Eles eram aprovados. 1 Quanto a mim, greco-ortodoxa por batismo, aproxi- mei-me de sacerdotes, casualmente católi- cos, pois não me importa o que são, mesmo se fosse católica e o padre protestante, eu não faria distinção, pois somos todos cris- tãos. Muitos padres agora já sabem sobre esta Revelação. Suas reações diferem umas das outras como o dia e a noite. Um deles, até hoje, diz que é obra do Maligno, em outras palavras, sou possessa, uma vez que estou possuída por um espírito; mas eu sei que sois Vós, ó Deus Todo Poderoso. Embora tendo lido muito pouco, ele for- mou sua convicção e não quer modificá- -la. Quando compreender que não estou possuída, ele dirá que é obra de meu sub- consciente, falará qualquer coisa, menos que as mensagens vêm de Vós. A reação 1   E, portanto, aliviada pois a Palavra pode pesar muito. de outro sacerdote foi: “sim, continue a escrever porque isso é divino e de Deus”; portanto ele acredita que são palavras de Deus; mas está por demais ocupado para perguntar, ou até mesmo acompanhar e descobrir, “a sequência” dos fatos. Isso é o que me intriga; se ele acredita tratar-Se de Deus buscando transmitir uma men- sagem, por que então não se preocupa em descobrir do que se trata? Um terceiro padre foi informado e escu- tou-me devidamente, olhando de vez em quando para o seu relógio e então disse: “bem, prossiga, é maravilhoso, continue escrevendo.” Pedi-lhe que voltasse a qual- quer momento para conversarmos, no entanto nunca mais o vi. Depois, um outro padre foi informa- do e, lendo apenas uma página ou duas, disse: “Não quero dar qualquer opinião, mas nós, católicos, somos advertidos de que o demônio age desse modo tam- bém; 2 não que esteja dizendo que é obra do demônio, mas somos aconselhados a ter cuidado.” Muito justo, eu disse, mas uma vez que todos concordam tratar-se de algo sobrenatural, por que então não levar isso mais a sério, a fim de com- preender e esclarecer tudo isso? Afinal, todos eles são pessoas que bus- cam a Deus; o primeiro que dizia tratar-se do MALIGNO, depois me disse que Deus dá muitas mensagens e que há muitos, mui- tos livros com tais mensagens ao redor do mundo, e que isso é muito comum, princi- palmente em seu meio. Outro padre disse que elas são chama- das de Revelações Divinas do Coração e que são de Deus; e deu-me o endereço de um professor de mística a quem posso pro- curar e conversar. Sei, que se fosse “um deles” seria bem mais fácil. Mas não per- tenço a seu meio e minha aparência tam- bém surpreende. 2   Talvez, mas por quanto tempo? Até que multidões retornem a Deus? Porque multidões já voltaram e isso é apenas o começo… Caderno de Anotação 9

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